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CRÓNICAS E ENTREVISTAS
PODCAST - É PRECISO ENSINAR AS RAPARIGAS A DEFENDEREM-SE NA RUA
Publicado em: 25/09/2025
Este é uma birra gigantesca, onde se conclui que, infelizmente, temos de preparar as nossas jovens para saberem reagir ao assédio - sem lhes coartar a liberdade ou encher-lhes a cabeça de medos.
A avó destas Birras está chocada – reuniu um grupo de raparigas adolescentes e já não tão adolescentes e pediu-lhe para contarem a sua experiência de andarem na rua sozinhas ou em pequenos grupos de amigas. Durante o dia, a caminho da escola ou já da universidade. E ficou indignada.
Não, o problema não é que o assédio tenha aumentado, o mais grave é que não diminuiu, ou seja, está igual ao que ela e todas as raparigas da sua idade viveram nos anos 70 e 80, igual ao que a sua filha viveu no início do século. Nenhuma destas queixas, note-se bem, referiram emigrantes, mas sim a nativos que continuam convencidos de que Portugal ainda é a “coutada do macho ibérico”, expressão de um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça usado há umas décadas para desvalorizar a violação de duas turistas, são os mesmos “velhinhos” descompensados que põem a mão na perna da infeliz que se senta ao seu lado, homens que sussurram que “Gosto delas novinhas”, com a conivência de quem presencia estas cenas e, tantas vezes, não diz, nem faz nada, para socorrer a vítima.
Hoje é este o tema de uma birra gigantesca, onde se conclui que, infelizmente, temos de preparar as nossas adolescentes para saberem reagir nestes momentos sem, no entanto, lhes coartar a liberdade ou encher-lhes a cabeça de medos. Fique com a nossa reflexão e conselhos, e partilhe connosco a sua.
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